quinta-feira, 8 de julho de 2010

Bombeiros...

Uma filosofia de vida!

A história que vocês irão ler já é conhecida de muitos. Ela foi publicada na “Revista Bombeiros em Emergência nº 19 – SP”, está em muitos sites especializados, já foi lida em diversas formaturas de Bombeiros, está em nossa exposição e já circula pela internet.
Nós, Bombeiros da BASP, apenas melhoramos a apresentação elaborada por Lidec83, incluindo algumas imagens para permitir que vocês, leitores, vivenciem a história.
Vale a pena ler até o fim.

Henrique - Bombeiro

A mãe parou ao lado do leito de seu filhinho de 6 anos,que estava doente de leucemia. Como qualquer outra mãe, ela gostaria que ele crescesse realizasse seus sonhos.
Agora, isso não seria mais possível, por causa de uma leucemia terminal. Junto dele, tomou-lhe a mão e perguntou:
- Filho, você alguma vez já pensou o que gostaria de ser quando crescesse?
- Mamãe, eu sempre quis ser um Bombeiro!
A mãe sorriu e disse:
- Vamos ver o que podemos fazer.
Mais tarde, naquele mesmo dia, ela foi ao Corpo de Bombeiros local e contou ao Chefe dos Bombeiros a situação de seu filho e perguntou se seria possível o garoto dar uma volta no carro dos Bombeiros, em torno do quarteirão.
O Chefe dos bombeiros, comovido, disse:

- NÓS PODEMOS FAZER MAIS QUE ISSO!

Se você estiver com o seu filho pronto às sete horas da manhã, daqui a uma semana, nós o faremos um Bombeiro honorário, por todo o dia.
Ele poderá vir para o quartel, comer conosco e sair para atender às chamadas de emergência.
E se você nos der as medidas dele, nós conseguiremos um uniforme completo: chapéu com o emblema de nosso batalhão, casaco amarelo igual ao que vestimos e botas também.
Uma semana depois, o bombeiro-chefe pegou o garoto, vestiu-lhe o uniforme de Bombeiro e o escoltou do leito do hospital até o caminhão de bombeiros.
O menino ficou sentado na parte de trás do caminhão, e foi até o quartel central.
Parecia-lhe estar no céu...
Ocorreram três chamadas naquele dia na cidade e o garoto acompanhou todas as três. Em cada chamada, ele foi em veículos diferentes:no auto-tanque, na van dos paramédicos e até no carro especial do chefe dos Bombeiros.
Todo o amor e atenção que foram dispensados ao menino acabaram comovendo-o tão profundamente, que ele viveu três meses a mais que o previsto.
Uma noite, todas as suas funções vitais começaram a cair dramaticamente e a mãe decidiu chamar ao hospital, toda família.
Então, ela lembrou a emoção que o garoto tinha passado como um Bombeiro, e pediu à enfermeira que ligasse para o chefe da corporação, e perguntasse se seria possível enviar um Bombeiro para o hospital, naquele momento trágico, para ficar com o menino.
O chefe dos Bombeiros respondeu:

- NÓS PODEMOS FAZER MAIS QUE ISSO!

Nós estaremos aí em cinco minutos.
Mas faça-me um favor:
Quando você ouvir as sirenes e vir as luzes de nossos carros, avise no sistema de som que não se trata de um incêndio apenas o corpo de Bombeiros vindo visitar mais uma vez, um de seus mais distintos integrantes.
E também poderia abrir a janela do quarto dele?
Obrigado!
Cinco minutos depois, as viaturas chegaram no hospital. Estenderam a escada até o andar onde garoto estava, e 16 Bombeiros subiram.
Com a permissão da mãe, eles o abraçaram, seguraram, e disseram que o amavam.
Com a voz fraquinha, o menino olhou para o chefe e perguntou:
- Chefe, eu sou mesmo um Bombeiro?
- Sim, você é um dos melhores - disse ele.
Com estas palavras, o menino sorriu e fechou seus olhos para sempre.

Qualquer que seja a nossa atividade profissional, devemos ter em mente a importância de fazermos algo mais. No caso presente, que é uma história verídica, restou a revista BOMBEIROS EM EMERGÊNCA (SP) repassá-la a todos os leitores para que sua filosofia e princípios sejam internacionalizados. E você, diante do pedido de seus pais, irmãos, filhos parentes e amigos, tem respondido

“EU POSSO FAZER MAIS QUE ISSO!”. 

Um amigo meu disse uma vez:

“Pior do que você querer fazer e não poder, é você poder fazer e não querer.”
Levi Dias de Santana – Bombeiro

Felicidades e sucesso a todos.
Henrique

"A maior perda da vida é o que morre dentro de nós enquanto vivemos"

Deus te abençoe!!!

sábado, 3 de julho de 2010

Ação da Prece


Ação da Prece

Você é o lavrador. O outro é o campo.
Você é a planta. O outro produz.
Você é o celeiro. O outro é o cliente.
Você fornece. O outro adquire.
Você é o ator. O outro é o público.
Você representa. O outro observa.
Você é a palavra. O outro é o microfone.
Você fala. O outro transmite.
Você é o artista. O outro é o instrumento.
Você toca. O outro responde.
Você é a paisagem. O outro é a objetiva.
Você surge. O outro fotografa.
Você é o acontecimento. O outro é a notícia.
Você age. O outro conta.
Auxilie quando puder.
Faça o bem sem olhar a quem.
Você é o desejo de seguir para Deus.
Mas, entre Deus e você, o próximo é a ponte.
O criador atende às criaturas, através das criaturas.
É por isso que a oração é você, mas o seu merecimento
está nos outros.

André Luiz


sexta-feira, 2 de julho de 2010

O Mais Importante


"Um dia, durante uma conversa entre advogados, me fizeram uma pergunta:
* O que de mais importante você já fez na sua vida?
A resposta me veio à mente na hora, mas não foi a que respondi, pois as circunstâncias não eram apropriadas.
No papel de advogado da indústria do espetáculo, sabia que os assistentes queriam escutar anedotas sobre meu trabalho com as celebridades.
Mas aqui vai a verdadeira, que surgiu das profundezas das minhas recordações:
O mais importante que já fiz na minha vida ocorreu em 08 de outubro de 1990.
Comecei o dia jogando golfe com um ex-colega e amigo meu que há muito não o via.
Entre uma jogada e outra, conversávamos a respeito do que acontecia na vida de cada um.
Ele me contava que sua esposa e ele acabavam de ter um bebê.
Enquanto jogávamos chegou o pai do meu amigo que, consternado, lhe disse que seu bebê parara de respirar e que fora levado para o hospital com urgência.
No mesmo instante, meu amigo subiu no carro de seu pai e se foi.
Por um momento fiquei onde estava sem pensar nem mover-me, mas logo tratei de pensar no que deveria fazer:
Seguir meu amigo ao hospital?
Minha presença, disse a mim mesmo, não serviria de nada, pois a criança certamente estaria sob cuidados de médicos, enfermeiras, e nada havia que eu pudesse fazer para mudar a situação.
Oferecer meu apoio moral?
Talvez, mas tanto ele quanto sua esposa vinham de famílias numerosas e sem dúvida estariam rodeados de amigos e familiares que lhes ofereceriam apoio e conforto necessários, acontecesse o que acontecesse.
A única coisa que eu faria indo até lá, era atrapalhar.
Decidi que mais tarde iria ver o meu amigo.
Quando dei a partida no meu carro, percebi que o meu amigo havia deixado o seu carro, aberto e com as chaves na ignição, estacionado junto às quadras de tênis.
Decidi, então, fechar o carro e ir até o hospital entregar-lhe as chaves.
Como imaginei, a sala de espera estava repleta de familiares que os consolavam.
Entrei sem fazer ruído e fiquei junto a porta pensando o que deveria fazer.
Não demorou muito e surgiu um médico que se aproximou do casal e, em voz baixa, comunicou o falecimento do bebê.
Durante os instantes que ficaram abraçados - a mim pareceu uma eternidade - choravam enquanto todos os demais ficaram ao redor daquele silêncio de dor.
O médico lhes perguntou se desejariam ficar alguns instantes com a criança.
Meus amigos ficaram de pé e caminharam resignadamente até a porta.
Ao me ver ali, aquela mãe me abraçou e começou a chorar.
Também meu amigo se refugiou em meus braços e me disse:
* Muito obrigado por estar aqui!
Durante o resto da manhã fiquei sentado na sala de emergências do hospital, vendo meu amigo e sua esposa segurar nos braços seu bebê, despedindo-se dele.
Isso foi o mais importante que já fiz na minha vida.
Aquela experiência me deixou três lições:

Primeira:

O mais importante que fiz na vida, ocorreu quando não havia absolutamente nada, nada que eu pudesse fazer.
Nada daquilo que aprendi na universidade, nem nos anos em que exercia a minha profissão, nem todo o racional que utilizei para analisar a situação e decidir o que eu deveria fazer, me serviu naquelas circunstâncias:
duas pessoas receberam uma desgraça e nada eu poderia fazer para remediar.
A única coisa que poderia fazer era esperar e acompanhá-los.
Isto era o principal.

Segunda:
Estou convencido que o mais importante que já fiz na minha vida esteve a ponto de não ocorrer, devido às coisas que aprendi na universidade, aos conceitos do racional que aplicava na minha vida pessoal assim como fazia na profissional.
Ao aprender a pensar, quase me esqueci de sentir.
Hoje, não tenho dúvida alguma de que deveria ter subido naquele carro sem vacilar e acompanhado meu amigo ao hospital.

Terceira:
Aprendi que a vida pode mudar em um instante.
Intelectualmente todos nós sabemos disso, mas acreditamos que os infortúnios acontecem com os outros.
Assim fazemos nossos planos e imaginamos nosso futuro como algo tão real como se não houvesse espaços para outras ocorrências.
Mas ao acordarmos de manhã, esquecemos que perder o emprego, sofrer uma doença, ou cruzar com um motorista embriagado e outras mil coisas, podem alterar este futuro num piscar de olhos.
Para alguns é necessário viver uma tragédia para recolocar as coisas em perspectiva.
Desde aquele dia busquei um equilíbrio entre o trabalho e a minha vida.
Aprendi que nenhum emprego, por mais gratificante que seja, compensa perder férias, romper um casamento ou passar um dia festivo longe da família.
E aprendi que o mais importante da vida não é ganhar dinheiro, nem ascender socialmente, nem receber honras. O mais importante da vida é ter tempo para cultivar uma amizade.
 

Autor desconhecido